Luz no fim do túnel

Oportuna intervenção de Lúcio Bemerguy a propósito do artigo (e comentários gerados por ele) Internet, que martírio!:

Jeso, Antenor e Guarany,

Existe uma luz no fim do túnel para esse martírio tecnológico. No final de outubro passado, os 1.800 km de cabos de fibra ótica da Eletronorte foram disponibilizados, mediante convênio, para a Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Pará, para implantação do projeto NavegaPará, que é considerado o maior projeto de inclusão digital do Brasil.

Essa fibra, apesar de ter chegado a Santarém desde a implantação do linhão, precisa, para efetivamente ser utilizada no tráfego dados, de equipamentos adicionais, que por serem muito caros, não foram adquiridos pela Eletronorte, por não ser sua área de interesse.

O convênio prevê que o Governo do Estado faça esse investimento e possa utilizar 50% da banda, deixando a outra metade para a Eletronorte. Santarém é um dos 13 municípios beneficiados diretamente.

Desde novembro passado, participo diretamente desse projeto, como representante da Secretaria Municipal de Planejamento. Juntamente com os técnicos da Prodepa e utilizando a base cartográfica digital do município, que é de excelente qualidade, mapeamos os pontos para a formação do anel ótico de nossa cidade.

O ponto centralizador está localizado no bairro do Aeroporto Velho, de onde sairão todas as conexões periféricas, por fibra, utilizando o posteamento da Rede Celpa. (...)

[Clique aqui], para ler o comentário acima na íntegra.

Comentários

Aldrwin Hamad disse…
Prezado Lúcio, primeiramente parabéns pela "prestação de contas" e informação de que existe este projeto tocado pela secretaria municipal de planejamento prevendo a utilização de uma rede eficiente entre órgãos públicos e de pesquisa. Certamente será um grande avanço para estas instituições, principalmente as de pesquisa, poder se comunicar com o mundo de maneira digna e a baixo custo.
Entretanto, não seria também atribuição da própria prefeitura, juntamente com o governo do estado EXIGIR que as prestadoras de serviço privado, via ANATEL, que ofereçam para as instituições não estatais os mesmos serviços? Tenho consciência de que a prefeitura está empeenhada em coisas muito mais básicas e importantes, mas enquanto o resto é resolvido, não podemos ficar ilhados.
O seu texto deixa claro no final que a utilização da fibra optica pelas prestadoras de serviço privadas dependerá de uma possível negociação de 50% da banda restante, que provavelmente acabará com somente 25%, se muito, uma vez que a Eletronorte não deve ter interesse de ceder mais da metade da sua parte.
Portanto, para as centenas de milhares de consumidores privados, como a maioria de nós, restará, no máximo, 25% do linhão optico pra ser dividido SE houver interesse de negociação entre as empresas privadas e a eletronorte.
Esta HIPÓTESE, SE confirmada, não deve sair em menos de um ano uma vez que para esta concessão deve ser feita por meio de uma licitação para ver qual empresa terá o direito de usar a fibra. Ou seja, quem não for funcionário público, nem pesquisador continuará a ter que se contentar com um serviço de péssima qualidade, caríssimo e instável que nos deixa cada vez mais distantes do mundo civilizado e mais próximos de um infarto... pra ficar só com este tema.
Não seria, portanto, mais uma bandeira que a prefeitura municipal deveria levantar, já quem uma de suas atribuições enquanto poder público é lutar para a melhoria da qualidade de vida e de condições mínimas para que a iniciativa privada tenha meios de sustento, junto com deputados estaduais e federais para EXIGIR que empresas privadas forneçam este tipo de serviço?
Não é papel do Estado determinar regras e condições para que empresas privadas que prestam serviços estratégicos como telecomunicações, energia elétrica e transportes, por exemplo, cumpram determinados pré requisitos para que suas concessões tenham efeito e continuidade? Não é para garantir esses mínimos direitos que foram criadas as agências reguladoras como a ANATEL? Por acaso aqui é menos Brasil ou é um local menos digno de termos serviços básicos?

Se juntamente com a prefeitura, câmara municipal, imprensa, associações de classe (OAB, ACES, Jornalistas, etc), iniciarem uma campanha conjunta de pressão junto à ANATEL para que OBRIGUE (chega de pedir) que estas empresas pelo menos ofereçam este serviço pra quem quiser pagar (a que ponto chegamos, ter que implorar pra pagar algo), será possível que assim as coisas não andariam?
Se todo dia cada um de nós mandasse um e mail exigindo isso à ANATEL, até estourar o servidor deles para que algo fosse feito, será que não daria resultado?
Afinal de contas, estamos falando da prestação de contas de serviços estratégicos e vitais que são concessões do estado e se o estado não tiver a capacidade de saber exigir de empresas privadas o que é dua responsabilidade, estamos muito mal das pernas.
Lúcio, proponha isso junto à sua secretaria e à prefeitura, tenho certeza que a influência da prefeita e do secretário de planejamento no governo do estado e no governo federal, já que são do mesmo partido, certamente se reverterão em benefícios para a nossa população, nem que seja para ter uma internet digna.