A última chance

Eu tenho um desejo esquisito. Acho que todo mundo tem um. Quase ninguém o revela. Talvez por falta de coragem. Talvez por timidez. Talvez o medo não seja revelá-lo. Talvez o temor seja pela repercussão que a revelação pode provocar, a partir das portas e janelas abertas deixadas por aquele desejo íntimo revelado.

O meu desejo é esquisito. Revelá-lo talvez cause estranheza porque não é um desejo comum. Não é uma vontade para este mundo. É um desejo como a última chance para depois da morte. Espero que ninguém o considere maluquice, pois esquisito eu me sentiria em relação a este desejo.

Antes de revelá-lo, quero logo avisar uma coisa, para aquele que assim possa pensar: este desejo não é um lamento de despedida da vida. Não é “Uma crônica de morte anunciada” ao estilo e tema de Gabriel Garcia Márquez, e nem um “Bom dia para os defuntos” do realismo de Manuel Scorza, pois daqueles temas esse meu é distinto. (...)

Trecho do novo artigo do juiz federal do trabalho Océlio Morais, articulista do blog.

[Clique aqui], para lê-lo na íntegra.

Comentários

Claudilena disse…
É muito melhor o pacto de honra, do que a última chance.
A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques
Façamos com que a nossa estadia nesse trem seja tranqüila, que tenha valido a pena e que quando chegar a hora de desembarcarmos o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.

Um abraço!

Claudilena Puget da Fonseca.
Anônimo disse…
Dr. Océlio,

gostei muito do que li, principalmente porque pude compreender, nas suas colocações, que é "espiritualista" e que acredita sim lá no fundo ... na vida após a morte ! Acho, particularmente que o tema do artigo deveria ser A PRIMEIRA CHANCE e não a ÚLTIMA, pois ao despertar após a morte do corpo físico, já no plano espiritual o seu espírito já manifesta um desejo não esquisito, mas normal ... e sabe qual é??? o da imortalidade! Que assim seja !
Anônimo disse…
O autor é uma pessoa maravilhosa e não desejo, nem em pensamento, que algum mal o aflija ou que a morte dele se aproxime.
Mas não se pode deixar de admitir um pensamento para o "além morte"... o de ver lá do alto duas pessoas alegres com a morte do autor... uma seria um servidor (porque não haveria expediente - será?!) e outra seria um "concurseiro" (porque abriria mais uma vaga)... Lá do alto, certamente, o autor, não se aborreceria, mas abriria um grande sorriso..
Anônimo disse…
Professor,

Antes de ler o artigo na íntegra, fiquei bastante curiosa em saber qual era a ultima chance, qual era seu desejo esquisito e se iria de fato revela-lo? Tema bastante curioso como o tema do seu belo livro entre tantos artigos que o senhor publica.
Entendi que seu desejo como ultima chance é transcendental, ultrapassa os limites humanos e profundo porque pretende ver e compreender a alma das pessoas, tudo aquilo que nao se revela. Entao, desde ja, gostaria muito de fazer parte desse pacto de honra com essa pessoa tao especial que eh o Dr Ocelio(com todo respeito).
Anônimo disse…
Amei o artigo, pois falar da morte não é nada confortável,mas o texto foi escrito com leveza e nos faz pensar q a vida continua em outro plano.
O bom é viver com intensidade, procurarmos fazer o bem, que com certeza seremos recompensados na hora de partir.
Tenho certeza que o autor desse artigo, qd partir, será lembrado com carinho e com muito respeito, nada de raiva e rancor.
Em fim, a morte é inevitável, mas viver é maravilhoso.
Anônimo disse…
Professor,
sempre sábio em suas colocações. Aprecio seus artigos, mas esse não permitiu-me passar sem um comentário.
Não pode ser minha "'ultima chance".
Todos, realmente temos os nossos desejos mais secretos.E Deus, como Pai na sua infinita bondade dá a chance diariamente de sermos felizes.
Viver é a melhor coisa, e por isso recebe o nome de Presente.E que seja eterna pelo momento que dure.
Quanto a morte, é complexa demais. Agora, eu torço para que o senhor tenha vida longa, e minha admiração já faz algum tempo.
Se for permitido a minha entrada na sua história, faria questão de revelar um dos meus desejos, deixando a última rosa vermelha a sua alma, como sinal de agradecimento aos ensinamentos que o senhor me transmite em vida.
Abraços.