Tapajós: os frutos da cidadania

O Movimento pelo Plebiscito do Novo Estado encerra o ano de 2007 com resultados positivos, com reflexos a todos os municípios que comporão a nova unidade federativa, na região Oeste do estado do Pará.

Apesar das dificuldades de ordem financeira, das limitações de recursos humanos especializados e dos entraves provocados pelas forças contrárias ao projeto, representados pelo poder econômico e político concentrados na capital, nos últimos dois anos, sem desmerecer a luta antecedente, o Movimento conquistou benefícios imensuráveis em favor da população da região.

Em 2006, deflagrou-se uma campanha de conscientização e de valorização do voto regional, em plena campanha eleitoral, reforçando a necessidade do fortalecimento da representação política na Assembléia Legislativa do Pará e na Câmara Federal. (...)

Trecho do artigo do jornalista santareno Ednaldo Rodrigues, secretário-executivo do Movimento pelo Plebiscito do Novo Estado [Tapajós].

[Clique aqui], para lê-lo na íntegra.

Comentários

Jota Ninos disse…
O Pará de Belém, sem Santarém, sem Marabá

Definitivamente e oficialmente já não fazemos parte do Pará. Isso fica mais explícito na última campanha do ano do “Governo do Pará”, desejando-nos um Feliz 2008.
O vídeo destaca as belezas da terra, com imagens bonitas sobre hábitos, costumes e riquezas naturais, e é embalado por um jingle que fala das coisas do Pará, mas é tão... Belém!
A única imagem em que se consegue identificar a existência de Santarém está em um frame (pequena parte de um vídeo) de milésimos de segundo, mostrando o encontro das águas em frente à cidade. Além disso, vê-se imagens do carimbó de Marapanim e dança de índios, talvez de Altamira. Pode até haver outras imagens desta e de outras regiões, mas nada que seja facilmente identificado.
A letra do jingle fala de nossa riqueza cultural e cita o maestro Waldemar Henrique como grande expoente da música paraense. Nada contra, mas e o nosso Maestro Isoca? Fala-se dos reis do carimbó Verequete e Pinduca, fala-se até do tecnobrega, das guitarradas e do Calypso, mas nem cita-se um Sebastião Tapajós, por exemplo, ou qualquer outro expoente da cultura de outras regiões do Pará. Nem mesmo os festivais do Boto em Santarém ou das tribos em Juruti!
Definitivamente, Belém é o Pará. O resto é interior e não vale a pena colocar na mídia. Talvez por isso Abaetetuba tenha sofrido com os desvelos da atual administração. Talvez por isso nosso hospital regional segue a passos de cágado. Para o interior, só notícia ruim na mídia nacional.
A coisa está tão feia que o vídeo institucional do “Governo do Pará” nem sequer utiliza um dos cartões postais que é muito conhecido mundo afora, a ilha de Alter do Chão (pelo menos não consegui identificá-la)!
Recentemente estive em um encontro sobre “rádio no Pará”, mas o interior ficou relegado ao segundo plano nas mesas de debate. Acabei participando de uma das mesas de “enxirido” e não deixei de registrar meu protesto pela exclusão do interior, onde existe vida pujante no rádio. Alguns radialistas se espantaram em saber que aqui existem cinco emissoras de rádio em funcionamento! E o site criado pela UFPa. que fala da história do rádio no Pará refere-se basicamente à história do rádio de Belém e ignora solenemente que Santarém tem uma história de 60 anos de rádio que se completam em 2008!
Fica a conclusão de que os comunicadores em geral, radialistas, jornalistas e publicitários nos ignoram.
Mas de certeza, quando começar a campanha na mídia pelo plebiscito do novo estado, todos eles falarão de um “Pará único” ou de “intenções separatistas de aventureiros”.
Aproveitando a deixa, pergunto: quando será que os empresários locais despertarão para investir no movimento que abnegados, como Ednaldo Rodrigues e outros, realizam com seu próprio esforço? Se somos ignorados por aqueles que fazem a mídia, institucional ou não, como poderemos enfrentá-los quando a campanha esquentar, já que ao nos ignorarem solenemente estão criando antecipadamente a mensagem subliminar para desconsiderar os ideais do futuro estado?