Receitas ilegais

Do leitor que se assina Gleydson Pontes, sobre a pensata Natal, Amazônia e desmatamento, da lavra de Edilberto Sena:

Li que o governo pretende elevar o Brasil da 10ª para a 2ª posição no quadro de exportadores de madeira de lei. Associo essa informação ao um raciocínio que corresponde bem ao que vejo ocorrer no Pará.

O Ibama declara que 80% da madeira que sai da Amazônia é de origem ilegal. Bem, é de origem ilegal mas não sai ilegalmente do Pará, isto é, recolhe imposto aos cofres públicos (ajuda o superávit de que o governo Lula se gaba).

Bem, no governo estadual dos tucanos a coisa ocorria da mesma forma. Então, o governo da Ana Júlia, se quiser fazer ao menos o mesmo que o Jatene, não vai poder abrir mão dessa receita. Então, como se vê, não vai botar o poder de polícia do Iterpa pra funcionar. Vai prosseguir na ideia das flotas, e continuará liberando qualquer atividade ilegal que seja tão tolerada quando o jogo do bicho, para poder fazer mais e mostrar que é melhor que o governo anterior.

Resumindo: nem governo federal, muito menos o estadual têm compromisso com a legalidade (ao menos), mas tão-só com a tarefa de manter-se no poder (custe o que custar à Amazônia e seu povo).

Em tempos de lamentações do Governo Federal por perda da receita da CPMF (que fazia frente, na verdade, aos juros da dívida externa), custa-me muito acreditar que abrirá mão de receitas ilegais da Amazônia, implementando essa política tão rígida que anunciou.

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