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Os professores do curso na Ulbra/Santarém já foram devidamente avisados: a turma de Letras/2008 será a última.

A partir do próximo ano, não serão abertas novas vagas.

O curso, segundo a própria instituição em seu site, já formou cerca de 500 profissionais, em 18 anos de atividade.

Causa-mortis: falta de alunos. A turma de 2008 é de gatos-pingados.

Comentários

Anônimo disse…
É o Brasil, é o Norte! Professor não precisa, advogados sim.
Anônimo disse…
Querem mais alunos?
Procurem em asilos e no carequinha. É o padrão Ulbra de seleção.
Anônimo disse…
Que comentário mais malicioso esse do anônimo das 08:41.
Não se trata de questionar a forma de ingresso. A Ulbra não é a única instituição de ensino superior que possui um mecanismo mais facilitador de acesso. Aliás, muitas não tem praticamente mecanismo algum. E isto é perfeitamente legal, conforme preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
A seleção mais rigoroso tem relação direta com o crivo que precisa ser feito quanto ao número dos pretendentes.
O que importa é o que é feito dos que conseguem ingressar. O tipo de aula que recebem, as condições de trabalho que o professor dispõe, a infraestrutura para estudos e pesquisas que são oferecidas aos alunos (incuindo laboratórios e bibliotecas) e a seriedade do trabalho desenvolvido.
Esses elementos todos eu não tenho dúvida de que estão presentes na Ulbra e nas demais instituições de ensino superior que funcionam em Santarém.
Aliás, o país todo tem feito um esforço para que um maior número de pessoas possam ter uma maior quantidade de anos de estudos.
O problema que está afetando a Ulbra é muito sério para ser tratado desta forma debochada. Cursos de formação de professores também nas universidades públicas estão com baixa procura, não por falta de qualidade, mas por falta de perpectivas de um trabalho digno. Cada vez mais o professor é cobrado e cada vez menos recebe um salário a altura de tanta cobrança. Para não ser muito extenso, apenas dois exemplos: Um assessor do legislativo com apenas o ensino médio (antigo segundo grau) recebe em média 5 mil mensais, um policial rodoviário ingressa com salário acima de 5 mil. Em ambos os casos, mais do que um doutor em uma universidade. E dezenas de vezes mais do que um professor da educação básica, mesmo que tenha um curso superior.
Então, qual o estímulo para as pessoas investirem nos cursos de formação de professores? Mesmo que o ingresso seja facilitado, não existe pré-disposição. A não ser de alguns abnegados ou vocacionados. E estes não merecem ser achincalhados. Pelo contrário, merecem nosso respeito e gratidão pois graças a ele ainda há quem se responsablize em ensinar os primeiros passos para todos ou outros profissionais, inclusive para pessoas que mais tarde vão usar as letras e os números para os tripudiarem.
Escrevo e assino: Prof. Dr. Anselmo Alencar Colares
Anônimo disse…
Que tal extinguir a ULBRA?