O site da revista Caros Amigos estampa uma reportagem exclusiva sobre a explosiva questão fundiária no Pará, em especial da região oeste.
Ela é assinada por Maurício Torres, pesquisador.
- O nível de irregularidades nos processos de criação de assentamentos é assustador", relata o Procurador da República, Felipe Fritz Braga, "a pressão sobre técnicos e servidores para que atropelassem todas as normas internas da autarquia foi tremenda" - escreve.
Ela é assinada por Maurício Torres, pesquisador.
- O nível de irregularidades nos processos de criação de assentamentos é assustador", relata o Procurador da República, Felipe Fritz Braga, "a pressão sobre técnicos e servidores para que atropelassem todas as normas internas da autarquia foi tremenda" - escreve.
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Diversos esforços governamentais, com apoios consecutivos de uma ampla parcela do judiciário, vêm transformando a Amazônia brasileira em vasto filão de negócios que geram quantias inimagináveis de recursos financeiros para grandes grupos econômicos tupiniquins e transnacionais. Tudo sob a tutela do governo do PT que se beneficia com igualmente vastas quantias para as campanhas.
Governo este que no estado do Pará possui a contribuição de diversas “lideranças originadas nos movimentos sócias” e que hoje trabalham sem guardar esforços na domesticação destes movimentos à ação inescrupulosa de madeireiros, sojeiros e grandes mineradoras, só para citar alguns exemplos.
Logo após a publicação desta matéria, tivemos a notícia em Santarém, da volta do superintendente do INCRA Pedro Aquino ao cargo. O juiz federal, que cassou a liminar do Ministério Público Federal, confortavelmente estabelecido em Brasília nem de longe imagina a realidade mafiosa e sanguinária da dita reforma agrária no oeste do Pará. Ou pior, provavelmente imagina sim.
O que vemos aqui no Oeste do Pará são as várias tendências petistas em uma intensa disputa pelos recursos financeiros que deveriam ser destinados para a criação e o fomento de assentamentos. São esses recursos que vêm sendo utilizados como margem de manobra para cooptar ou calar a boca da FETAGRI e dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais. São esses recursos e dinheiro de madeireiros que vem bancado a campanha das atuais chapas dos sindicatos e de vários de seus membros a uma vaga nas câmaras de vereadores municipais. Por isso o silêncio destes movimentos socias. E talvez por isso, mas em outra escala, o MST não se manifesta.
O PT venceu?
Agripino do Lago Grande