Opinião, pública ou publicada?

Contraponto do sociólogo Tiberio Alloggio ao post Intelecto, da lavra de Antenor Giovaninni:

Mas afinal de conta o que seria essa mídia?A família Marinho? Os Maioranas? Os Barbalhos? Os Civitas? Os políticos que se apropriaram das concessões públicas? Está se falando de uma minoria da minoria.

Confundir opinião pública com a opinião publicada por uma minoria que monopoliza os meios de comunicação é um exagero. MST, uma organização criminosa? Criminoso são aqueles que se apropriam das terras públicas, as concentram e expulsam seus legítimos donos. Esses seriam os civilizados?

Aqui está exposta mais que uma divergência sobre o uso do intelecto.

Comentários

Anônimo disse…
E a mídia da Gazeta de Santarém?
Porque ninguém aqui comenta o papel da "mídia" Gazeta de Santarém, por exemplo, no processo de informação da opinião pública?
Quase sempre se fala na "Folha cipoalense" aqui neste blog como exemplo de servidão da mídia para interesses de um governo... e A Gazeta?
Onde está o Dr. Samuel que não analisa a Gazeta de Santarém para traçar um perfil psico-sócio-econômico dos exemplos de "jornalismo" mocorongo?
Porque o Tibério, que agora se meteu a discutir também o papel da mídia simplesmente pra defender o PT, não fala sobre o papel deste jornal no processo de "informação" local? Curiosamente o mesmo escreve colunas em um jornal que só fala bem da prefeitura e não comenta absolutamente nada que não seja de interesse do governo local. Será que acham que quem lê vai sair de casa achando que mora num lugar maravilhso onde tudo está indo bem e nosso dinheiro está bem investido, que o povo está melhor, que "nunca na história dessa cidade se investiu tanto em idosos e em assessores"?

Será que ninguém vai comentar sobre a manipulação das informações e a transformação de um outrora bom jornal em um reles boletim informativo da prefeitura?
Será que mídia ruim é só aquela que fala mal do PT e da esquerda? Quando um jornal, revista ou TV passam a bajular e a pintar arco-íris sobre um determinado governo ou partdo que interessa aos sábios do PT (como o Samuel) ele passa a ser exemplo de bom jornalismo e os outros são os tais golpistas da elite branca?
Onde está a coerência dos sábios doutores do jornalismo que não fazem suas observações sobre a capacidades dos jornais locais ou revistas de circulação nacional, ao mudarem sua linha editorial mediante, digamos, bons patrocínios?
Por favor respondam.
Anônimo disse…
Boa pergunta a sua,
O que acho errado na mídia monopolista é o fato de que o discurso do governo nunca chega à população. A questão não é bater ou defender um governo, tem que bater sim quando for o caso. A questão é informar corretamente sempre colocando o contraditório, pois o Governo dispõe de ampla maioria delegada democraticamente pelo povo para governar. Essa maioria impõe à mídia (alem de bater ou criticar) também a obrigação de relatar à população sobre as realizações, os problemas e as razoes do seu governo.
A mídia falsamente oferece-se um cardápio diferenciado de cronistas, de jornais, de revistas, de canais de televisão, de rádios, mas na maioria deles a população nunca fica conhecendo a opinião do governo e a justificativa dos seus atos.
Enfim não há na imprensa monopolista o ponto de vista do governo, que é majoritário. A imprensa monopolista privada revela ser uma imprensa antidemocrática, não pluralista, que não respeita o direito da maioria. É uma imprensa opositora, derrotada nas eleições, mas que insiste em afimar que representa “os interesses do povo”, quando na verdade defende os pontos de vista e os interesses minoritários.
Agora você acusa a Gazeta de ser mera panfletária do governo só porqué cumpre o dever de informar para o conjunto da população o que o governo faz e não faz? Só porque não está alinhada com a política bater para derrubar da mídia privada local?

Tibério Alloggio
Anônimo disse…
Como não sou sábio, tampouco "do PT" (e não teria nenhum problema de assumir caso fosse filiado, porque reconheço a contribuição do PT à democracia brasileira, com seus méritos e deméritos), me proponho a debater quando o "anônimo" (04/09, 19:51) sair do armário e do biombo e colocar a cara a tapa - como Tibério, Helenilson, Dutra, Edilberto, Dr. Ronaldo, Dr. Océlio, Evaldo, eu e tantos outros temos feito aqui, no blog do Jeso. De resto, concordo integralmente com o comentário do Tibério, acima.
Escreva um artigo sobre o tema e mande pro blog, que certamente receberá acolhida, meu caro. Vá em frente!

Saudações mocorongas,

Samuca
Anônimo disse…
Caro Professor Samuel,

É a própria Constituição Federal que repudia o anonimato chegando inclusive a vedá-lo. No entanto,sua resposta desqualificou o interlector em lugar de enfrentar o conteúdo de sua mensagem. Lamentável para alguém da sua envergadura intelectual.

No mais, forçoso é reconhecer que não há jornais em Santarém. Gazeta e Estado do Tapajós tem um propósito nitidamente panfletário.

Quanto ao comentário de Tibério, como sempre, manteve a coerência. Não tem vergonha de empunhar a bandeira petista local, conforme bem recomendou o presidente de honra do "partido da ética", na glamourosa condição de áulico da corte santarena , embora, ora funcione como arauto, ora como bufão.

José Allonso Guimarães
Anônimo disse…
Caro José Allonso,

Reli meu comentário e reafirmo tudo que disse. Mais: não há nenhuma "vírgula" sequer que desqualifique o "anônimo". Apenas sugeri que ele saia do "biombo" e ofereça suas idéias ao crivo democrático do debate. Com você, que assinou o comentário, topo debater.

Como estou morando fora de Santarém há mais de 20 anos, e não recebo regularmente nenhum jornal impresso (tudo que acesso é via internet), não me sinto capaz de fazer tal análise. No entanto, incentivei que o interlocutor anônonimo o fizesse, fundamentando suas idéias e "dando a cara a tapa".

Desqualificação foi o seu parágrafo final em relação ao sociólogo Tibério Allogio, cuja visão de mundo é mais transparente que água de igarapé despoluído. Você o colocou na condição de "áulico" (o popular puxa-saco, lambe-botas do PT santareno), "arauto" e "bufão" (adjetivos nada nobres).

Divirja das idéias do Tibério e das minhas o quanto quiser, sem apelar para esse argumento velhaco que é tentar desqualificar o autor.

Saudações mocorongas,

Samuca