PV critica fechamento da Cargill

Único vereador do PV em Santarém, Valdir Matias Jr. subiu à tribuna da Câmara Municipal para, vejam só, criticar o fechamento do porto graneleiro da Cargill.

Fez eco a maioria dos discursos proferidos ontem na Casa contra a decisão da Justiça.

Mais: atirou no que ele chama de pseudo-ambientalista, "que querem que a população da Amazônia viva do extrativismo e da pesca, esquecendo de dar dignidade para os cidadãos que aqui moram".

Ao final de seu discurso, convidou os presentes para um seminário a ser promovido pelo PV, dia 31, cujo tema principal é impacto ambiental.

Não disse, porém, quem serão os palestrantes. Não será nenhuma surpresa se Adinor Batista, presidente do Sirsan (Sindicato dos Produtores Rurais de Santarém), aparecer por lá e, de cátedra, falar aos presentes.

Comentários

Anônimo disse…
O PV decididamente optou por ser uma sigla de aluguel. O vereador do PV em Santarém optou por se vernder a uma empresa multinacional
Anônimo disse…
uia, eu vi um Ratinho
Unknown disse…
Que dignidade é essa da qual ele fala? Que dignidade existirá na vida do colono que vender suas terras e vir morar na cidade sem poder exercer uma profissão, pois o que eles mais sabem fazer é trabalhar a terra? A periferia da cidade está cheia de exemplos de colonos que deixaram suas terras na ilusão de uma vida melhor na cidade. Em muitos casos o que eles encontram é uma total ausência de oportunidades e têm que ver seus filhos se tornarem ladrões.
É claro que a vida no campo precisa melhorar. Sobre isso não existe dúvida nenhuma. Mas dignidade mesmo é poder ter comida na mesa todos os dias e ir dormir sem a preocupação de que seu filho ou filha podem amanhecer presos no dia seguinte.
Não é preciso tirar as pessoas que moram no campo pra melhorar suas vidas. Isso pode ser feito lá mesmo, só basta que incentivemos a agricultura familiar e que ela seja feita com responsabilidade para com o meio ambiente. E é essa responsabilidade que falta aos os sojeiros, Cargil e alguns políticos santarenos.
Anônimo disse…
tava demorando....
ah! a gente pode indicar o Nelson Mota pra ser o "mediador" do "debate". Aí chamamos o Adinor Batista, mais aquele menininho do ACES, o bate-na-mãe do Rota 05 e o padrinho do Valdir Matias Jr. o sr. imunidade parlamentar: Lira Maia em pessoa.
Anônimo disse…
Olha o tamanho imbróglio que a Cargill arrumou em tão pouco tempo. Uma Empresa do seu porte, com acumulo de experiências no mundo todo, veio no Oeste e só pisou na bola, tropeçou, persistiu numa política cega e arrogante, e acabou no banco dos réus.
Recusou sistematicamente o dialogo com todos os setores sociais, negociou benesses em troca de apoio empresarial e de favores políticos, bateu de frente com o Movimento Social, com o Ministério Publico, e acabou se metendo nas mãos de aventureiros da política.
Fez tudo o contrario do que se espera de uma empresa que diz de ter responsabilidade ambiental e social, de trazer oportunidades para todos, tornando-se um corpo estranho na frente da cidade.
Qual o resultado de tudo isso?
Primeiro teve que declarar “moratória” comprometendo-se a não comprar soja oriunda de grilagem de terras e de crimes ambientais. Admitindo de fato que sua ação estava causando graves problemas ambientais e sociais. Tomou essa atitude não porque quis, mas porque pressionada dentro e fora do Brasil.
Teve todo o tempo do mundo para fazer o Estudo de Impacto Ambiental, não fez, apostando nos favores de políticos e na impunidade. Acabou lacrada pela justiça. Uma vergonha!
Culpa de quem? Dela mesma! De seus míopes executivos que bem poderiam ter praticados outras estratégias, negociando, de acordo com o bom senso e com as leis. Tem exemplos de Grandes Empresas que procuram agir corretamente na Amazônia, com problemas claro, mas nem de longe passam de vilões, pois respeitam as leis e procuram dialogar e negociar com todo mundo.
Quem declara apoio a essa estratégia do fracasso? Aí está. O vereador (verde pintado), o Dep. Estadual Alexandre Von e o Dep. Federal Lira Maia, ou seja, os “Irmãos Metralha” do Agronegocio. Aqueles mesmos que conseguiram destruir Santarém em apenas 8 anos.
Hora de a Cargill mudar seus conceitos, sanear as feridas que seus obtusos executivos abriram com a sociedade, fazer as coisas certas, e procurar uma luz no fim do túnel.
Abra uma mesa de consertação com a sociedade toda, a suas instituições, procure o dialogo e negociação. Caso contrario, independentemente dos desdobramentos legais, a Companhia continuará sendo um símbolo da arrogância, um corpo estranho na frente da cidade.

Tibério Alloggio
Anônimo disse…
Numa horas dessas, depois da clara derrota na justiça fruto da postura arrogante da Cargill, ela deveria pedir ou pagar para os vereadores e políticos que se aproveitaram dela quando da sua chegada na cidade, e orientá-los a dar não dar declarações, pois é mais um passo para frente estando à beira do abismo.
Anônimo disse…
Imagem manchada

A Cargill sustenta, através de seus porta-vozes, que a atual redução na produção na região de Santarém tem relação com sua decisão de apenas comprar soja de produtores legalizados. No entanto, o fechamento de seu porto já causou impactos bem além do que estava previsto. O fato foi noticiado na imprensa mundial, e a empresa já reconheceu que ter sua imagem associada à degradação da floresta amazônica é um dano mais do que razoável. Há informações que o gerenciamento da crise já não esteja sendo feito pela filial em São Paulo, mas sim pela própria sede, em Minesota, Estados Unidos.

Se a Cargill for obrigada a realizar o Eia-Rima, é possível que uma nova disputa judicial se abra: sobre qual deverá ser o teor destes estudos. A posição do Ministério Público Federal é de que o licenciamento deva ser amplo, e avalie os impactos da chegada do porto sobre toda a região de Santarém. Já a empresa está com o discurso afiado para o caso de ter de enfrentar mais essa disputa; afirma que o licenciamento deve se ater aos impactos sobre o local em que o porto foi instalado.

O Ibama, que será o responsável por elaborar o termo de referência para o Eia- Rima, já dá sinais de que seguirá os promotores. Para Nilson Vieira, gerente do instituto em Santarém, os dados sobre desmatamento e invasão de terra por grileiros mostram um impacto negativo da entrada da Cargill à região. “Levando em conta o desmatamento em áreas primárias e secundárias, pode-se dizer que houve impacto considerável. O Eia deve ser feito de maneira ampla”, opina.

Para Tatiana de Carvalho, da campanha de Florestas do Greenpeace, o fechamento do porto representa uma mudança de paradigma na região. “Até agora as empresas têm contado com a ausência de governança. Elas se instalam de qualquer forma e permanecem depois do fato consumado, mesmo com irregularidades. Isso começa a mudar”, diz. A ONG defende a realização de estudos que levem em conta os impactos de desmatamento e conflito causados pela soja que passa pelo terminal. “Vai muito além da área do porto em si”. Tatiana lembra que as comunidades tradicionais da região de Santarém vêm, desde o início, brigando contra a instalação do porto. Além de casos de expulsão de pequenos proprietários por grileiros armados e compra de terras a preços de banana, o uso de agrotóxico pelos sojeiros inviabiliza a produção de alimentos no entorno.

De acordo com um interlocutor privilegiado na questão da soja naquela região, o fechamento do porto descambará para uma batalha jurídica sem final previsível. Mas cita o caso de Barra Grande como uma entre muitas histórias de construções irregulares do ponto de vista ambiental que acabam mantidas depois do investimento feito. Para ele, está mais do que na hora de o Brasil assistir uma “demolição-símbolo” na área ambiental para pelo menos mostrar que não pretende mais aceitar fatos-consumados como o do porto da Cargill.

Advogado de todos nós
Anônimo disse…
Olha eu literalmente disisto de entender o povo brasileiro, tá certo q a Cargill cometeu o erro de não ter elaborado o Estudo de Impacto Ambiental, mais ficar do lado de uma ONG q vem lá casa do c..... querer aqui, onde eu nasci, onde eu me criei, não pq é a pior coisa do mundo os "gaúchos" aqui no Pará e esse gringos podem vir aqui e fazer o que quiser, eu não acho certo, por isso digo FORA GREENPEACE A AMAZÔNIA É DOS BRASILEIROS VOLTEM PRAS SUAS CASAS". Bom Sr. autor espero q o sr entenda este foi um desabafo de uma jovem santarena de 20 anos.
Anônimo disse…
Jovem santarena de 20 anos.
Ainda bem que sua idade ainda lhe permite aprender mais coisas e quem sabe um dia entender melhor os problemas que nos cercam. Quer dizer que vc acha que tudo bem que a Cargill não fez o tal EIRA-RIMA, probrezinha dela, ignorando que trata-de de uma empresa multinacional americana que vem fazendo essas bizarrices por onde passa. Não seja uma "maria vai com as outras" e tente formar uma opinião que vá além do senso comum e realmente contribua para melhorar nosso país. Seu xenofobismo ainda tem cura!