"Cargill dá ibope"

Do leitor que se assina José Eucepe:

Quando o interesse vai além da razão. Fico só olhando os, entre aspas, defensores de Santarém querendo fechar a Cargill, pois não podemos plantar na Amazônia; brigando para o hotel dos franceses, localizado na resex [Tapajós/Arapiuns], depois de todo o investimento, não poder operar, pois agride o padre Edilberto Sena; as madeireiras não podem vender madeira, as olarias não podem usar o barro para fazer telha, etc. Depois disso tudo quem ainda vai querer investir nessa cidade?

Quando vamos usar toda essa força para obrigar a governo a colocar em prática o ZEE, zoneamento ecológico-econômico de Santarém, que defina a área a ser usada para agricultura e pecuária, criar uma lei que proíba os milhares de barcos que infectam a frente de Santarém, jogando, plástico, latas, óleo, fezes, destruindo nosso Tapajós, de fazerem de estacionamento a frente da cidade.

Quando vamos lutar para o governo construir um terminal para os lados da Prainha, para abrigar esses barcos, e que a delegacia fluvial eduque e depois puna quem jogue lixo nos rios.

Quando os defensores de Santarém vão brigar para a orla de Santarém ser terminada, e que nela se contemple uma estação de tratamento dos esgotos a serem lançados no rio.


Quando vão começar uma briga para ser criada uma polícia florestal que proteja verdadeiramente nossas florestas e que dê emprego para os santarenos, que afinal de conta não podem viver de brisa.

Enquanto ficam brigando com a Cargill, que da ibope, nosso belo Tapajós está morrendo, a floresta, mesmo sem a Cargill, vai sendo devastada pelas madeireiras e pecuaristas, agricultores familiares, que tocam fogo em tudo, pois não sabem, nem são treinados para trabalhar com a terra, etc.

Enquanto isso não ocorre, Deus livre Santarém, desses defensores!

Comentários

Anônimo disse…
O que autoridades e população não sabem é que apenas três empresas ligadas a soja tais como ADM, cargill e bunge são credoras de quase toda produção de grãos do Brasil. Na realidade, estas três firmas juntas, emprestam mais dinheiro que todas os bancos estatais juntos, que hoje são pouquíssimos depois das privatizações. Esta informação obtive através de uma reportagem de Larry Rohter no new york times no ano de 2005. O empréstimo é realizado, quase sempre, na forma de fornecimento de sementes, de equipamentos e defensivos. Desta forma eles incentivam os brasileiros a destruir as florestas e ficam com resultado da safra o que deixa estas empresas com uma garantia enorme, na colheita, e ainda, não são abaladas com responsabilidades sobre o meio-ambiente. Os consumidores devem logo começar a boicotar certas marcas de oleo de soja destas corporações, que eles começarão a entender que não os queremos aqui . Nós temos que saber que americanos odeiam brasileiros. Se estão aqui é para nos explorar. Americanos, e os brasileiros que trabalham para eles, são intolerantes e violentos.
Anônimo disse…
Cargill ? Ibope? É que deu na cabeça no José Eucepe, que deve ser um daqueles que nunca se mobilizou para nada, nem para preservar a mangueiria de seu quintal.
Deu na cabeça e agora descobriu todos os males da humanidade.
Anônimo disse…
Deus livre Santarém de entusiastas defensores das grandes sugadoras do mundo, como a Cargill. Esse José Eucepe tem o miolo mole!
Anônimo disse…
Que se produza soja em Santarém e região dentro dos limites do equilíbrio ambiental, fazendo-se cumprir a legislação. Até por que a soja como leguminosa é necessária dentro da rotação das culturas milho/soja. O solo com essa rotação vai melhorando gradativamente. Soja e milho entram na composição da ração animal. O que é necessário é que se implante aqui uma indústria de óleo vegetal, margarina e de ração animal, gerando emprego local. Deste modo a Cargill sequer falta fará.
E também se alguns grãos de soja caírem nas águas do Tapajós no momento do carregamento, os peixes se fartarão, já dos copos e garrafas pet lançados dos barcos...destes só se surgir uma nova espécie de urubu...