Instigante

Do leitor que se assina Cyber Cidadão, sobre o post Holofotes para HP:

Lá vai eu querer fazer uma análise do escrito deste intelectual, atento crítico político J. Ninos. Mas me atrevo a fazê-la até mesmo para estimular o confronto de idéias e opiniões que me parece salutar em uma democracia. Gostaria de colocar inicialmente uma preocupação: o título de artigo do Jota não estaria trocado? Digo isto porque ao fazer uma leitura minuciosa do artigo me parece que o mesmo destaca a trajetória Maia (ex-prefeito Lira Maia) concentrando o holofote neste candidato de forma que acho que seria o fator LM e as eleições 2008.

Por certo não deixa de ser uma leitura interressante e instigante principalmente quando tudo gira em torno da questão familiar e deixa de se considerar outros elementos do governo municipal (partidos, militantes, conselho, etc.) que me parece dividem a responsabilidade de administrar o município recaindo sobre esses elementos essa árdua missão. (...)

[Clique aqui], para ler o comentário acima na íntegra.

Comentários

Jota Ninos disse…
Resposta a um Cyber Cidadão

Não costumo deixar nada sem resposta, principalmente quando sou provocado a rebater teses que desfiei. Com um atraso de 9 dias, resolvo enviar uma resposta ao leitor deste blog, Cyber Cidadão, que de forma perspicaz questionou a análise política que fiz em meu blog e que foi linkada aqui no espaço do Jeso. Peço desculpas por dar o retorno só agora, mas fui muito assediado para acompanhar a apuração de votos e além do mais estava em período de provas na faculdade, o que não me deixou tempo para responder a provocação, mas o faço agora.
A princípio de conversa, acredito piamente no processo dialético como forma de consolidar opiniões sobre tudo o que ocorre à nossa volta. Assim, caro Cyber, continue se atrevendo a questionar o que eu e outros mais iluminados escrevem aqui e acolá, pois ninguém é dono da verdade.
Com relação ao título do artigo, que falava sobre “O fator HP e as eleições 2008”, creio que não foi equivocado como você disse, pois apesar de grande parte do artigo analisar a trajetória de Lira Maia, a de outros políticos dentro dos ciclos produzidos em Santarém também foi analisada e a idéia central era exatamente apostar num novo lance político para aquecer ainda mais a disputa eleitoral em busca do “Trono de Nuranda”, como podemos chamar a Prefeitura, e que eu acho que as urnas comprovaram. Maia superou as expectativas e está com um pé nao Trono (muito embora o negue, como político esperto que é). Helenilson foi realmente uma surpresa em votos faltando apenas se eleger para consolidar essa força, mas independente disso mostrou que é forte candidato ao mesmo Trono (muito embora também tenha se esquivado disso, na entrevista com o Jeso, mostrando que já aprendeu como se joga o jogo). E Os Martins viram o Lito chegando lá, como queria o “Ever” Aldo, senhor supremo de todas as vontades petistas (pelo menos ele pensa assim, muito embora alguns outros cidadãos, cybers ou não, se rebelem contra isso)!
Está formada a trinca que disputará as eleições. Como coadjuvantes, Antonio Rocha (que apesar do quarto mandato, não medirá esforços em manter a aliança já iniciada em 2004 e consolidada este ano, entre PMDB e PT, como projetou seu cacique Jader), Ruy Corrêa e Osmando Figueiredo. Estes últimos, os mais derrotados, pois Ruy acreditava em sua eleição no rastro jaderista e sonhava emplacar seu primo Maurício Corrêa como futuro candidato. Não me espantaria se os dois se aproximassem de HP, como alternativa para sobreviver. De Osmando tudo se espera, pois já provou que é uma raposa nos bastidores políticos, mas uma negação nas urnas (por duas vezes). A única vitória nas urnas ele deve justamente ao Ruy, em 1996. E a Ruy falta ainda a malícia de seu pai, Dr. Ubaldo.
Quanto à administração municipal, sei que lhe dói ouvir impropérios como os meus do tipo “governo inoperante”, mas apesar de reconhecer que algumas coisa têm acontecido, a sensação maior é de inércia. Talvez o problema seja uma melhor comunicação, coisa em que Lira Maia foi excepcional (e não digo isso por que trabalhei em sua assessoria. Minha participação foi ínfima perto do marketing pessoal do ex-prefeito). Maia podia inaugurar uma escola pequena, numa comunidade sem expressão, mas fazia um barulho como se estivesse inaugurando uma ponte entre Santarém e Alenquer!
É notória minha decepção com o Partido dos Trabalhadores, que tenho relatado em meu Dossiê PT (que aliás, parou nesse período de eleição, para evitar que alguém me acusasse de cometer crime eleitoral. Após as eleições, o Dossiê volta). Mas se você acompanha minhas participações neste e em outros espaços, vai notar que também não poupo críticas à Lira Maia e sua turma. Ninguém sabe, mas antes de eu ser contratado para trabalhar com Maia, houve uma série de reuniões para avaliar se eu merecia ser contratado, já que meu passado indicava que além de petista era ferrenho opositor de um ex-prefeito peemedebista vinculado ao grupo de Maia. Talvez você não tenha entendido quando citei a tese dos “binômios trocados”. Mas deve ser exatamente o que você gostaria que eu dissesse. Para bom entendedor, meia pala... bas...
Por fim, com relação à minha condição de intelectual que prefere “a comodidade de se sentar em frente a um computador e fazer as suas análises”, confesso que é o único caminho que me resta. Entrar numa batalha política, corpo a corpo, não faz parte dos meus planos. Pelo menos por enquanto (aprendi com os próprios políticos a nunca dizer “dessa água não beberei”...). Acho que cumpro melhor o papel de ajudar o Jeso e outros meios de comunicação a aprofundarem esse e outros debates.
Finalizando, caro Cyber Cidadão, sei que devo ter falado contigo pelas ruas e senti que és um dos poucos petistas que sonha em destronar o teu atual Nuranda. E quem sabe achas que eu seria um bom guerreiro para voltar às hostes petistas e enfrentar essa batalha. Sinto decepcioná-lo: o PT que eu conheci não existe mais. Após estas eleições, com Lula ou não, novos PT´s surgirão, pois a utopia não morre (apesar de eu já ter brincado por aqui que gostaria de fundar o PNN - partido Niilista Nacional).