Voto com ética e responsabilidade




Comentário/ editorial do padre Edilberto Sena no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM), de hoje:

O modo de votação de domingo próximo é um dos mais avançados do mundo, do ponto de vista da técnica. Possivelmente até meia noite do dia 1º já se terá concluído toda a apuração dos votos. Se, por um acaso, alguma urna perdida em longínqua comunidade não der resposta imediata, por um defeito técnico local, mesmo assim já se saberá quais serão os vencedores do turno, antes do amanhecer do dia dois.

É um digno registro esse fato, de um país de dimensões continentais, com população eleitoral de quase 120 milhões de eleitores, conseguir agilizar de tal modo uma apuração de votos para cinco cargos, um dos quais, a nível nacional.

A urna eletrônica surgiu há pouco tempo e foi controvertida a sua introdução. Havia suspeita de que ela não seria tão imune à fraude, como se anunciava. E possivelmente na primeira vez em que funcionou, os malandros tenham fraudado, sim. Para quem ainda se lembra, os resultados finais para prefeito, na época, foram muito estranhos. Em alguns municípios houve denúncias na justiça.

Mas hoje o avanço da tecnologia chegou a ponto de, por via satélite, os resultados de apuração serem enviados aos centros de apuração imediatamente após a votação, vindos dos mais distantes locais de votação. Neste ponto, o Brasil, os brasileiros e brasileiras estão de parabéns. Resta esperar que a população eleitoral saiba votar com ética e responsabilidade.

A tecnologia não pode corrigir defeitos de caráter de candidatos corruptos, nem os defeitos de eleitores clientelistas, ingênuos, ou também corrutos, que trocam seu voto por favores imediatos, ajudando a eleger políticos que fazem do cargo fonte de enriquecimento pessoal.

Domingo próximo a máquina eletrônica deverá funcionar muito bem. Só dependerá de a máquina da consciência, de eleitores honestos também funcionar bem e gerar resultados que ajudem a mudar a situação do Brasil.

Comentários

Anônimo disse…
Lula em Porto Alegre:

“Hoje tenho noção do preconceito contra mim e o meu partido. No último comício eu levei um catador de papel até o palanque. Um sem teto me visitou no Palácio. Isso eles não admitem, que eu seja chamado de Lula. Querem que eu seja chamado de Vossa Excelência. Mas o meu nome é Lula”, afirmou, antes de ser interrompido pelos gritos de “Lula” vindos da platéia.

“Eu ouço as vozes / eu vejo as cores /eu sinto os passos /de outro Brasil que vem aí”
“Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil/ lenhador /lavrador /pescador /vaqueiro /marinheiro /funileiro /carpinteiro /contanto que seja digno do governo do Brasil”,
Anônimo disse…
A cinco dias das eleições, e após uma semana de intensos e violentos ataques, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém grandes chances de reeleger-se já no primeiro turno. Pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (26) mostra Lula com 51,1% das intenções de voto, cerca de dez pontos percentuais acima da soma de todos os adversários.

Em segundo lugar, bem atrás, vem Geraldo Alckmin (PSDB), com 27,5%. Na seqüência aparecem Heloisa Helena (Psol), com 5,7%, e Cristóvam Buarque (PDT), com 1,4%. O total de brancos, nulos e indecisos recuou de 17,7%, em agosto, para 13,5% agora.
Anônimo disse…
O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, rebateu hoje as afirmações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, durante ato político nesta segunda-feira, comparou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao "demônio".

Segundo o ministro, o ex-presidente se arrependeu de ter-se mantido ateu por tantos anos. "Uma vez ele disse que não acreditava em Deus, se arrependeu e agora diz que acredita no demônio", criticou o ministro.

Tarso disse que o presidente Lula "não vai se dar ao trabalho" de responder aos ataques do tucano.

O ministro também afirmou o ex-presidente deveria invocar "vampiros" ao invés de "demônios" --uma vez que a Procuradoria da República no Distrito Federal concluiu nesta segunda-feira que a máfia dos vampiros teve início em 98, na gestão FHC. "Ele demonstrou preocupação com o demônio, mas deveria ter se preocupado com os vampiros."

O ministro cobrou dos tucanos explicações sobre o fato de não terem desbaratado a quadrilha que atuava no Ministério da Saúde desde 1998. "Por que a Operação Vampiro não foi deflagrada no governo FHC? Que tipo de ligação os tucanos tinham com aquele crime? Eles têm que dizer e apresentar explicações públicas porque durante quatro anos os vampiros atuaram de maneira totalmente impune."

Tarso lembrou que as investigações da Polícia Federal sobre a máfia dos vampiros tiveram início em 2003, já no governo Lula. "Talvez essa virulência [nos ataques] esteja na postura de esconder o que não apuraram no passado. Estou aqui para pedir explicações", enfatizou.

O ministro considerou "estranho" os ataques dos tucanos, especialmente do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. "Eles têm sido prodígios em acusações violentas, mas deveriam explicar como o governo deles conviveu por quatro anos com uma quadrilha de vampiros."