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Os que dizem Fora Cargill recebem apoio financeiro de ONG´s estrangeiras, como o Grenpeace. Os que dizem Fora Greenpeace parece que esquecem a procedência da Cargill, a maior multinacional americana de grãos! (...)

O trecho acima faz parte do artigo Será que Santarém é a casa da mãe Joana?, da lavra de Jota Ninos. Foi publicado hoje no blog do jornalista.

Para lê-lo, [clique aqui].

Comentários

Anônimo disse…
Excelente artigo! Um ótimo resumo dos acontecimentos da cidade.
Anônimo disse…
Um otimo artigo, mas que nao acresceta nada nessa discussão toda, fala o que todo mundo já sabe.
Anônimo disse…
Acidente em Lucas do Rio Verde gera
debate sobre impacto ambiental

Paulo Machado Enviado especial da AB

Lucas do Rio Verde (MT) – O segundo maior produtor de grãos do Brasil, o município de Lucas do Rio Verde, sofreu um acidente ambiental dentro de sua área urbana. As casas, as plantas frutíferas, ornamentais e medicinais, e as próprias pessoas ficaram expostas aos efeitos de uma pulverização ilegal de agrotóxicos. Segundo a associação de pequenos produtores, sindicatos locais e especialistas, o veneno era um herbicida dessecante para apressar a colheita da soja, cultura que trouxe os lucros para os grandes produtores da região. Despejado irregularmente com um avião monomotor no início de março, o veneno é amplamente utilizado na monocultura da soja. O produto pode causar imediatamente vômitos, diarréias, dores de cabeça e, a longo prazo, até câncer. Para debater os efeitos do grande uso dos agrotóxicos, a Agência Brasil publica, a partir de hoje (13), uma série de reportagens sobre a contaminação, os efeitos dos venenos, a investigação do crime na cidade e o modelo de desenvolvimento baseado no agronegócio. O estrago se estendeu desde as dezenas de pequenas hortas particulares, plantas frutíferas e ornamentais, o Horto de Plantas Medicinais, ligado à Fundação Padre Peter, e até as pessoas, que se queixaram de diarréias, vômitos e urticárias. Cerca de uma semana depois do acidente, dois especialistas chegaram ao município para avaliar o impacto do acidente ambiental: Wanderley Antonio Pignati, mestre em saúde coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e o engenheiro agrônomo James Cabral da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase). Juntos, eles investigaram a contaminação e redigiram uma notificação, que foi encaminhada para diversos órgãos municipais, estaduais e federais de saúde e vigilância sanitária. Entre os prejudicados pela pulverização estão os pequenos produtores que vivem no entorno da cidade. O chacareiro Ivo Casonato, que perdeu toda a sua produção de frutas e hortaliças, disse que testemunhou o momento em que o avião fazia rasantes sobre a sua propriedade. “O céu estava cheio de nuvens pesadas. No horizonte, podia-se ver a cortina d´água. Do outro lado do Rio Verde, a menos de 500 metros, um avião fazia pulverização de agrotóxico sobre a lavoura de soja do vizinho”, relata. A bióloga Lindonésia Andrande, responsável pelo Horto Medicinal, disse que o efeito de veneno foi bem rápido. No dia seguinte à pulverização [dia 2 de março], o estrago já era visível em toda a cidade. “As folhas ficavam como um papel amassado e queimado, outras ficavam todas perfuradas e em volta dos furos logo começava a necrosar [apodrecer]. No quarto dia as folhas entraram em necrose total e começaram a cair”, lembra. Depois do acidente, foi instalado pelo Ministério Público um procedimento administrativo para apurar os fatos. A pedido da promotoria, a Delegacia de Policia Civil de Lucas do Rio Verde abriu inquérito civil e criminal. Até hoje, no entanto, ainda não foram feitas as perícias para identificar as provas materiais do crime.
Anônimo disse…
Com todo o respeito, acredito que o Jota Ninos, tem mais talento para a poesia e as letras do que para análise socio política.
Essa idéia de cultura "do fora" ou "do dentro", achando que os de dentro são apenas expectadores apáticos ou desenteressados, que se deixariam ocupar por causa de uma "burrice genética" é papo furado de intelectual acostumado a discutir em barzinhos os problemas da humanidade.
Até porqué se fizermos o esforço de analizar atenciosamente "todos" os ciclos que se passaram nessa região ao longo das décadas último, a monocultura de soja veremos que nada foi diferente.
Para que aconteça que algo de fora ocupe um espaço aquí dentro é necessario que quem está dentro seja disponível a recebe-lo.
Sempre foi assim, e o caso da soja não foi diferente.
Quem trouxe o Agronegocio para Santarém foram gente "de dentro", que inclusive ganharam e estão ganhando com isso.Lembram do Sirsan, Lira Maia, Alexander Von, etc?
Também foi gente de dentro que fez a oposição contra o agronegocio "de fora", trazido por gente de dentro. Ou a memória é tão curta de nem lebram que tudo isso não tem mais de 6 anos? Lembram do movimento local contra? Do Dr. Felicios Pontes procurador da republica? Dos processos que a Cargill ainda enfrenta? Greenpeace veio depois, justamente com o apoio de gente "de dentro".
Por isso essa ideía da "Casa da Maria Joana" pode até ser lida como simpatica e folcklorica", mas não podemo banalizar uma questão, até cultural, que não tem nada a ver com problemas que são dramaticos para a população local.
Santarém "nesses anos" calcula-se que cresceu mais de 20 mil habitantes, cuja maioria, expulsa pelo agronegocio, acomodou-se nas periferias e nos cinturões entorno da área urbana.
Não foi apenas pelo apego "ambiental" que existe oposicão ao agronegocio, que concentra "renda e terra" e diminui as oportunidades gerais de emprego. A criação de "uma vaga" de trabalho pelo agronegocio tem que ser comparada pelo alto número de desempregados expulsos da área rural.
Então, vamos lá, a idéia "romantica" dos nativos burros, pode ser matéria de sátira sim, mas não vamos esquecer, que nessa jogada ninguém é burro.

Tiberio Alloggio