Ranking escolar

As dez melhores escolas de Santarém, segundo o Enem 2005, são as seguintes:

1°) Dom Amando (média 55,81)

2°) Colégio Batista (53,41)

3°) Santa Clara (49,57)

4°) São Francisco (49,01)

5°) São Raimundo Nonato (47,61)

6°) Rodrigues dos Santos (42,62)

7°) São José (42,52)

8°) Fernando Guilhon (42,1)

9°) Álvaro Adolfo (41,86)

10°) Almirante Soares Dutra (41,2)

Comentários

Anônimo disse…
Tá vendo?
O Frei Ambrósio nem aparece mais...
Tá na hora de colocar alguma coisa em seu lugar...
Jota Ninos disse…
Apesar de não ser especialista em educação, alguns detalhes me chamam atenção nesta lista divulgada aqui no blog:

1) As três primeiras da lista são escolas particulares tradicionais administradas por irmandades católicas ou evangélicas (Instituto Batista);
2) A 4ª, a 5ª e a 7ª, salvo engano, são escolas conveniadas, ou seja, além de administradas por irmandades católicas são subvencionadas pelo Governo do Estado, que geralmente banca tão-somente o salário dos professores (pelo menos sei que isso acontece no São Raimundo, onde meus filhos estudaram ou estudam);
3)Entre as 10, somente 4 são totalmente mantidas e administradas pelo Governo do Estado (Rodrigues dos Santos, Fernando Guilhon, Álvaro Adolfo e Soares Dutra);
4)Na lista, apenas duas escolas não estão no perímetro urbano (São José/Cipoal e Fernando Guilhon/Mojuí dos Campos);
5)O Álvaro Adolfo, onde estudei, era considerado à época (final dos anos 70/início dos 80) um dos três melhores educandários de Santarém e agora amarga um mísero 9º lugar!;
6) Pior situação é a de outros colégios estaduais tradicionais que sequer aparecem entre os dez, como o Felisbelo Sussuarana, o Terezinha Rodrigues, o Onésima de Barros e o Rio Tapajós!;
7) Segundo informações do site da Seduc, há pelo menos 18 escolas de ensino médio administradas pelo Governo do Estado em Santarém;
8) Por outro lado, as escolas da FIT (Colégio Tapajós) e da Ulbra (Cristo Salvador) também não entraram na lista do Enem (não tenho certeza se são de ensino médio).

De tudo isso, me atrevo a apresentar algumas conclusões, que podem até ser precipitadas (sinceramente, espero ser desmentido):

a) A administração pública estadual, nos últimos 20 anos, pode ter aumentado o número de escolas para atendimento do Ensino Médio (na minha época só tínhamos o Álvaro Adolfo), mas a qualidade do ensino parece que decaiu;
b) Por outro lado, as escolas particulares souberam investir e consolidaram suas posições. O Dom Amando é o melhor exemplo, pois hoje é um centro de excelência em educação e não se prendeu somente às suas tradições;
c) A grande surpresa da lista, o Instituto Batista, primou por uma administração colegiada desde que a escola foi assumida por uma cooperativa de professores e adotou um dos sistemas mais modernos de educação do País, o Positivo (aos colegas repórteres, vale uma visita para conhecer essa experiência);
d) O Rodrigues dos Santos (onde também estudei, na época em que lá não havia ensino médio) ao que parece manteve firme a seriedade e o rigor que sempre foi sua característica e por isso suplantou estruturas maiores como a do Álvaro Adolfo nessa lista;
e)Outra surpresa da lista e a escola de Mojuí, que mostra que apesar de estar numa região do planalto, onde as inovações chegam mais tarde, conseguiu deixar fora da lista escolas tradicionais como as que citei acima;
f) Quando a administração é de congregações religiosas, em convênio ou não, o ensino parece progredir, pelos resultados já analisados.

Para finalizar, aí vai minha provocação aos educadores de Santarém, que entendem mais que eu desse tema (o amigo Anselmo Colares, estudioso do assunto, bem que podia ajudar nessa reflexão):

- O ensino público está realmente sucateado ou falta maior rigidez na gestão destas escolas?

- Ao se falar em gestão, como fica o papel da 5ª URE que sempre foi vítima de indicações políticas desconsiderando capacidade técnica, para ser apenas trampolim de eternos candidatos derrotados, que usam da estrutura apenas para transformar professores em cabos eleitorais?

- Será que é por isso que estão sobrando vagas nas escolas estaduais?

- Qual a saída para que o ensino público em Santarém volte a preparar bons alunos e futuros acadêmicos de respeitos da nossa "cidade universitária"?