CDP explica decreto da zona portuária

O diretor de Gestão Portuária da CDP (Companhia Docas do Pará), Nelson Pontes Simas, veio a Santarém para justificar o decreto presidencial que, em 2004, transformou toda a frente da cidade em "zona portuária".

Segundo Simas, o decreto é apenas a ratificação de leis de 1974.

Movimentos populares de Santarém movem um abaixo-assinado contra a decisão e isso motivou a vinda do funcionário das Docas.

Pelo decreto, a área portuária obedece aos limites extremos da ponta da praia da Maria José, no rio Tapajós, até a boca do rio Maicá, no Amazonas.

A área tem como abrangência os cais, docas, pontes, píer de atracação, acostagem, armazéns e vias de circulação rodoviárias e ferroviárias. Além de terrenos ao longo dessas áreas e adjacências pertencentes à união.

O diretor de Gestão das Docas disse em entrevista à Rádio Rural que o presidente Lula não criou nada novo, apenas ratificou uma medida provisória de seu antecessor, FHC, que por si ratificava um ato da ditadura militar de 1974.

A decisão presidencial desconsiderou que nessa "zona portuária" há pelo menos três reservas biológicas, que são os lagos do Juá, Mapiri e Maicá.

Nelson Simas destacou a geração de emprego e desenvolvimento com a instalação de empresas na área, mas esqueceu que a multinacional Cargill, já instalada em Santarém, só oferece pouco mais de 50 empregos diretos.

Fonte: Jornal da Manhã/Rádio Rural AM

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